Azurita é um mineral de cobre secundário frequentemente encontrado em zonas oxidadas de depósitos de minério de cobre. Geralmente ocorre como cristais tabulares ou prismáticos de cor azul celeste profundo. É formado como resultado do intemperismo dos depósitos de minério de cobre.
A azurita deve o seu nome à palavra persa “lazhward” devido à sua cor azul característica. Ocorre em zonas de intemperismo de minério de cobre, geralmente em associação com malaquita.
Este mineral é conhecido por suas cores vivas e formas interessantes. Existem mais de 45 formas conhecidas de azurita. Pode ser cortado em cabochões e lapidado em pedras preciosas, podendo ser usado para fazer artesanato. O pó de azurita é tóxico e não deve ser inalado durante o corte ou polimento.
Os depósitos de azurita são encontrados na Austrália, Chile, França, México, Marrocos, Namíbia, sudoeste dos Estados Unidos e Zaire. Amostras de azurita podem ser vistas no Museu Smithsonian de História Natural.
História da azurita
A azurita é usada há milhares de anos como pedra decorativa para joias e artesanato. Além disso, os primeiros egípcios acreditavam que a azurita tinha a capacidade de se comunicar com os espíritos.
Tem sido usado há muitos séculos como pigmento para criar uma cor azul única e foi amplamente utilizado na pintura durante a Idade Média e o Renascimento na Europa.
Durante este período, a azurita foi usada primeiro na têmpera e na pintura a fresco, e depois na pintura a óleo. Para obter o pigmento azurita, uma massa de minerais foi coletada e transformada em pó. Este pó foi então lavado e passado por uma peneira.
Os grãos de azurita triturados foram separados por tamanho. Grãos maiores e mais pesados foram usados para criar pigmento azul escuro, e grãos menores foram usados para criar tons mais claros.
Para criar uma cor azul sólida, foram necessárias várias camadas de pigmento de azurita, e essa camada sobre camada de pequenos fragmentos de azurita formou uma crosta cristalina com um tom azul profundo e um brilho sutil.
Durante um longo período de tempo, a cor azul mudou para tons mais verdes sob a influência do cobre contido no mineral. Esta variação natural é chamada de pseudomorfo, e a cor verde é o mineral de cobre relacionado malaquita.
Essa mudança pode ser observada em amostras do mineral e em pinturas antigas que utilizavam pigmentos de azurita. Uma das obras de arte mais notáveis afetadas pela mudança da azurita para a malaquita é a Madona com o Menino Cercado por Santos, de Rafael.
Como a azurita é formada?
A azurita não é um mineral comum ou abundante.A azurita é um mineral secundário que normalmente se forma quando a água carregada de dióxido de carbono penetra no solo e reage com os minérios de cobre subterrâneos. O ácido carbônico dessas águas dissolve uma pequena quantidade de cobre do minério.
O cobre dissolvido é transportado com água até entrar em um novo ambiente geoquímico. Este novo ambiente pode ser um local onde a química da água ou a temperatura mudam, ou um local onde a água evapora. Sob condições favoráveis, o mineral azurita pode se formar. Se as condições adequadas persistirem por um longo período, podem formar-se acumulações significativas de azurita.
A precipitação da azurita ocorre em espaços porosos, fissuras e cavidades de rochas subterrâneas. A azurita formada como resultado da precipitação tem formato maciço ou nodular. Em casos raros, a azurita pode ocorrer na forma de estalactites e formações botrioides.
A azurita é popular entre os colecionadores de minerais devido à sua cor azul profunda, impressionante formato de cristal monoclínico e estrutura interessante.
A instabilidade da azurita representa um problema para os coletores de minerais porque se esse mineral for exposto ao calor ou alta umidade, sua superfície começará a sofrer intempéries e ficará opaca, desbotada ou com aparência esverdeada.
As amostras valiosas devem ser armazenadas em caixas de colheita fechadas com circulação de ar limitada, no escuro e a uma temperatura fresca e estável.
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