As informações sobre os primeiros suéteres datam dos séculos 10 a 15 DC. Durante o Renascimento, esta roupa era um casaco de lã ou malha com mangas compridas e pequenas fendas nas laterais.
O suéter, mais ou menos parecido com o moderno, foi criado no início do século XIX na Europa e era considerado roupa para emagrecer. Tricotado em lã e com decote enorme, era tão quente que os médicos recomendaram praticar esportes ativos para perder peso.
O próprio nome “suéter” vem do inglês “to sweat”, que significa “suar”.
As próximas pessoas a usar esse item de guarda-roupa foram os marinheiros. Roupas quentes que dispensam o uso de lenço eram muito populares entre os trabalhadores dos navios de transporte. Principalmente para eles, os alfaiates costuravam suéteres com lã animal crua, o que aumentava muito a impermeabilidade dos fios.
Os modelos primários eram monocromáticos em preto ou azul, não se falava em estampas ou enfeites. Porém, alguns anos depois, essas roupas passaram a ser costuradas com as cores nacionais e utilizando a heráldica de um determinado país.
No início do século XX, esse elemento do guarda-roupa passou a ser utilizado ativamente entre os atletas de esportes de inverno. Esquiadores e patinadores usavam suéteres de malha grossa e praticamente não congelavam. Além disso, tendo apreciado todas as vantagens dessa vestimenta, os militares também passaram a utilizá-la em seus equipamentos. Pilotos e marinheiros, mais suscetíveis aos caprichos da natureza, usavam agasalhos quentes não só no serviço, mas também no dia a dia, o que os tornava populares entre os moradores comuns.
Na década de 30 do século passado surgiram as primeiras escolas de costura - o que possibilitou a produção em massa de suéteres de lã com gola.
A versão feminina do suéter, chamada de jumper, foi apresentada por Coco Chanel, que costuma usar elementos do guarda-roupa masculino em suas coleções. O modelo de suéter feminino não tinha gola e era um pouco mais curto que o modelo masculino. O notável estilista foi o primeiro a usar um suéter com saia e cardigã. Muitas celebridades mundiais seguiram o exemplo de Coco Chanel. Assim, a atriz e diva pop americana Marilyn Monroe foi uma das primeiras a usar um suéter curto com jeans.
Há evidências de que o suéter era a roupa favorita de Ernest Hemingway. Em 1957, a quarta esposa do escritor convidou um fotógrafo para fotografar seu marido. Para a sessão de fotos, o lendário autor escolheu um suéter de malha grossa. Quando questionado pelo fotógrafo Yusuf Karsh por que o escritor fez tal escolha, Hemingway respondeu que foi esse elemento de seu guarda-roupa que lhe deu masculinidade e coragem.
O pico de popularidade dos suéteres de lã ocorreu na década de 80 do século passado. A maioria das pessoas conseguiu comprar uma máquina de costura e costurar roupas em casa.Naquela época, esse acessório era um dos itens de guarda-roupa mais populares e procurados do mundo.
Os suéteres modernos passaram por diversas modernizações. Em suas coleções, os designers utilizam lã, têxteis, caxemira e viscose. O suéter de malha justo é um clássico, ou seja, um item básico do guarda-roupa.
Porém, o estilo grunge deu à humanidade modelos folgados e mangas curtas. Hoje, a tendência são peças oversized e hipersized, que lembram roupas de gigantes. Cores, estampas, acessórios inusitados e uma abundância de outras soluções exclusivas criam uma imagem única para homens e mulheres.